PROCURA-SE UM HERÓI

Estamos no controle ou sob controle?

Depois de anunciada a morte do terrorista mais procurado do planeta (Osama) e das sucessivas quedas de ditadores que estavam no poder há anos... (O ultimo Kadafi), fomos invadidos por uma sensação de alívio, comoção total (bem, ao menos eu)! Não somente os EUA, mas acredito que a humanidade sente-se realmente aliviada de ter se livrado de um cara verdadeiramente do mal. Apesar de que não sei realmente quem é do “mal”. Tal sensação há tanto tempo esquecida, adormecida. É tão boa e tão rara, que não sei descrevê-la. Alívio? Talvez. Aqui de minha cabeça cheia de estórias e histórias, fico imaginando... Gente, os mocinhos venceram, ou não? Pode até desencadear uma nova guerra, começar uma nova batalha entre as forças que acham que podem e querem comandar o mundo. Talvez até usando as mesmas artimanhas covardes, e força bruta que seus ditadores para justificar a derrubada do “tal” ditador.

Mas olha só, quem sou para julgar um povo oprimido durante mais de quarenta anos?... Meu Deus, quarenta anos... Enfim, se eles passaram dessa para uma muito pior. O inferno deve estar em festa, é feriado infernal. Graças ao Criador não temos noção do que é ter como inimigo público número um alguém desse calibre, desse quilate. Ou o que é viver num país em que se esta sujeito a ataques terroristas absurdos, horripilantes, tenebrosos, sórdido a qualquer momento. Onde até bebês são revistados em seus aeroportos com requinte de detalhes de assustar aos seus pais e ao mundo. Porém levado na mais pura normalidade pelas autoridades daquele país. E até de alguns habitantes. O horror tomou conta de todos os americanos de uma forma total, completa. Ninguém se sente seguro naquele país e a mercê de outro ataque igualmente covarde.

Somos realmente um país abençoado por Deus! E como diz a letra da musica... “E bonito por natureza, mas que beleza...” Apesar de que estamos igualmente expostos a idiotas covardes. Não estamos livres de horrores tão estarrecedores. Mas se serve de consolo, os nossos “Osamas” são tupiniquins. Não podendo esquecer aquele... Idiota louco, carniça, que invadiu uma escola em Realengo no Rio de Janeiro, armado com dois revólveres e fez vários disparos, matando muita gente e ferindo outros tantos. Foi um horror! Isso é o que vem a público. Tim Lopes, queimado também lá no Rio... As bibas apanhando em plena av. Paulista, em São Paulo. Imagino o que fica em surdina por baixo dos panos. O que não vem à tona. Mas nada realmente se compara aquele Onze de Setembro de dez anos atrás. E para provar que somos todos humanos, sujeitos a qualquer obra do destino. “Eles”, os EUA, agora numa crise financeira “braba”. Pobre Obama! Pobre, rico e poderoso Obama! Como pode uma potência daquela em crise! A pior crise econômica do mundo. A Europa está em pandemônio... Itália, Espanha, Portugal, Grécia...

Ai, Cristina!! Por onde andam os nossos heróis? Estão extintos? Ou escondidos com vergonha de sua impotência diante de tanta barbárie? Geralmente em ficção, na fantasia, sempre de corpos atléticos, sorriso largo, viris, facilmente apaixonáveis. Talvez num mundo paralelo em incontáveis Universos trazidos pelos filmes. Em telinhas ou telonas. Os heróis se extinguiram. Assim como a ética e a educação. Certos costumes, como dizer “Bom dia”, “Por favor”, ”Obrigado”, abrir a porta para alguém, deixar alguém sair... do elevador... do metrô... dar a vez... ter cuidado de onde jogar o lixo... Ih! Faz tanto tempo que não vejo uma cena dessas.

Passei por um apuro esses dias de arrepiar os pêlos... Da alma... Em plena avenida “RICARDO JAFET”, zona sul de São Paulo. Era mais ou menos umas 23:00 horas, de um sábado bem corrido de trabalhos. Um transito terrível, eu e minha “cumady” e parceira Romana, atrasados para o derradeiro trabalho da noite. Fomos surpreendidos por um pneu que resolveu se enfiar embaixo do carro, do BUG-móvel, e travou totalmente o câmbio. Bem, não me pergunte como. O miserável resolveu se instalar ali... Ficamos parados sob uma enxovalhada de xingamentos e entregues a pura sorte. Depois de longos cinco, dez minutos de total desespero, sem saber direito o que fazer e ao mesmo tempo tentando tudo possível. E em meio a telefones tocando, os xingamentos, buzinas... E... Bom. Ai numa ultima e desesperadora tentativa... Tentei engatar a ré do “BUG–móvel” que milagrosamente entrou...E o pneu relutante, teimoso, resistindo, obstinado a não sair, preso embaixo do “BUG-movél” finalmente nos deixou...ou melhor foi deixado ali mesmo. Então tudo se restaurou naquele momento... Tudo... Mas tudo mesmo... Os batimentos cardíacos, o sangue voltou a circular com certa normalidade... E minha “cumady” já desfalecida, pálida no banco ao lado foi recuperando os sentidos...

Voltando a realidade e conseguiu até responder ao telefone que tocava insistentemente. Restabelecida de imediato retocou o batom rubro, arrumou a peruca loiríssima, colocou o seu óculos escuro e começou a chamar por Dra. Ester (a sua personagem do trabalho daquela noite). Cerimoniais, simples ou complexos, são essenciais em nossas vidas. Fazem-nos viver melhor por instantes, horas, dias e quem dera anos. Pompa e circunstancia podem alegrar um pouco a vida. Garanto que naquele momento visionei, desejei com toda força da minha imaginação, e olha que ela é muito fértil, um super-homem voando, descendo, flutuando em frente ao “BUG-móvel”, levantando a frente do carro com uma só mão e tirando o miserável do pneu intrometido com um simples “peteleco”. Recolocando o “BUG-móvel” no chão, com cuidado e olhar charmoso, um sorriso discreto lembrando Wolverine, e nos desejando... boa noite.

Gente sufocaria o bom senso e cometeria todas as transgressões. Libertaria-me deste mundo e fugiria do prosaico cotidiano, mesmo que o nosso “super-homem” fosse aquele homenzinho, FDP, simples funcionário da SABESP que observava tudo sem esboçar a mínima intenção de ajuda. Não mexeu um músculo sequer. Mentira! O do globo ocular! Sem produzir nem um frisson em mim, a não ser o da decepção e o da ira (perdoe-me o pecado). Arranquei dali com muita cautela e para alívio da platéia de motoristas que ao mesmo tempo estavam decepcionados com o final da história sem nenhum desfecho apoteótico ou trágico. Agradecemos, eu e minha “cumady” num silêncio necessário e profundo a uma força onipotente que rege a humanidade e tomamos rumo, sem saber ao certo qual das trinta e duas direções da rosa-dos-ventos tínhamos que pegar. Salve, aleluia! Epa hei Iansã! Hare krishna!

Enfim, por andam os nossos heróis? E o tempo de Clint Eastwood? E não sei por onde anda. Cuidado, homens, elas estão com tudo... É o triunfo do matriarcado. Cristina Kirchner foi eleita com sobras na Argentina. Hillary Clinton concorreu, não ganhou, mas está lá no poder. Oprah Winfrey, megaempresária, podre de rica, sucesso absoluto de crítica e público, comprou um canal de TV. Meninos, acelerem o passo. Nós não estamos aqui para brincadeira.

Bem, enfim, com ou sem “eles”, os nossos heróis, pretendo ser exatamente como sou, antiquada ou ultrapassada tentando manter a ordem dos bons costumes e da boa educação. Pretendo ser exatamente como sou. Esse é o melhor presente que posso dar ao mundo. Acreditando no ser humano, não desisto dos meus sonhos e nem de amar... Amar muito. Amar a vida, a minha família... E só lembrando: família são todos aqueles em que pus os olhos e arrebatei para o coração, durante toda a minha trajetória de vida.

Um super beijo especial! Feliz 2012!!

BUG

PS: Deixo algumas fotos para matarem a saudade da heroína, já que os heróis não aparecem… (risos)

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BUG Bartot 007

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BUG Morumbi SPFC 003

BUG Salobre 017

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